Não consigo dormir e viro a cabeça. Abro os olhos e leio a página marcada do livro que nunca saiu dalí. Está escuro, então meus olhos se fecham. E penso que quero mesmo é mergulhar nesses livros que parecem que nos lêem. Acariciar de leve suas páginas e minhas angustias. Ou, numa segunda opção, quero querer menos. Mudar o compasso dessa vida retalhada. Viver de alternativas concretas.
Poesias só servem pra embelezar a vida com aquilo que a vida não tem. Mas ninguém avisou que beleza não se inventa. E eu aqui, cada dia mais feia arrumadinha.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
sábado, 8 de maio de 2010
sábado, 1 de maio de 2010
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Dedo mindinho do pé
Tem um bebê lá dentro. Boca, nariz, olhos e dedo mindinho do pé. Uma barriga dentro de outra. Unhas, pêlos, saliva e pintinho. Tudo isso me parece tão extraordinariamente humano e milagroso que eu passei os últimos dias pensando em bebês na barriga.
Ele fica submergido até nascer. E seja lá qual for a anatomia dos bebês, ele precisa daquela água. Assim como o seu coração batendo precisa daquele outro coração que bate por dois.
O pior é que disso tudo eu já sabia, mas só passou a fazer sentido pra mim quando eu senti o Miguel mexer. Porque apesar de todos os avanços, nós humanos ainda somos incapazes de compreender sem sentir. De acreditar sem ver. Há uma necessidade do que é concreto que, nesse universo dos bebês, tão maravilhosamente dependente, parece absurdo falar da vida materialista e individual que levamos. E ainda há aqueles que insistem em dizer que eles vem do outro mundo. Outro mundo é pra onde eles vão e passarão o resto da vida.
Coloca a mão pra cima e... átomos passeando pelos seus dedos. Eles te mantém de pé e coração batendo. Mas ninguém vê.
domingo, 18 de abril de 2010
Obs
Desenhar meu mundo utópico. Tentativa de materialização.
Inútil. Não escapei de contradições.
Tarefa difícil essa de ser Deus.
Inútil. Não escapei de contradições.
Tarefa difícil essa de ser Deus.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Pra acabar com o assunto
Não pense que o mundo acaba
Ali onde a vista alcança
Quem não ouve a melodia
Acha maluco quem dança
Se você já me explicou
Agora muda de assunto
Hoje eu sei que mudar dói
Mas não mudar dói muito.
(Oswaldo Montenegro)
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