segunda-feira, 6 de julho de 2009

Eu gosto mesmo é de vida real.



Sentir falta tem me tomado muito tempo, mas nessas reflexões acabei chegando a uma conclusão: Internet não é o lugar mais interessante do mundo. Agora, é nada mais do que o ultimo lugar coberto no meio de uma chuvarada. Na hora do desespero, ‘vai esse mesmo’.
Tô falando disso porque com o tempo a gente vai percebendo que gente de carne e osso não entra numa telinha de computador. Com o tempo a gente aprende a reinvidicar o ao vivo, o abraço forte que budde poke nenhum faz igual. E acabamos entrando no clube do pessoalmente, dos não online.


Vamos ao meu exemplo. Em Recife eu tinha todos a passos de mim. Entre aquela facilidade de se tombar com meio mundo e a vontadezinha de não tombar eu até acabava evitando certos lugares em dias de tô pra ninguém. Hoje arrependo-me aos montes por cada estratégia montada pra fugir das tias-avós que nos alugam pra falar da dor de coluna.
Hoje aprendi a me contentar em ver minhas primas pela web, meus irmãos por fotos e apenas ouvir a voz da minha mãe. É como ter fome e um banquete na sua frente sem poder tocar em nada, no máximo sentir o cheiro te provocando.

E agora mais do que ninguém sou a favor da teoria do mutualismo. Porque pra começo de toda a história, foram necessários dois. Uma via de mão dupla, uma conexão, dois corações batendo juntos. Adão e Eva existindo pra comprovar que o mundo não vai pra frente sozinho.

Só sei que aprendi a lição e tenho aqui guardado os abraços e carinhos que torturantemente ficaram só na vontade e se perderam na distância. Tenho aqui uma vontade louca de tombar com a tia avó do meu vizinho e ouvir ela falar da dor de coluna que incomoda, mas no final ganhar um “que bom que te encontrei”.

O calendário diz que faltam 4 dias, a música tá na minha cabeça, só falta cantar e partir pro abraço.


Voltei Recife, foi a saudade que me trouxe pelo braço.