quarta-feira, 29 de abril de 2009


"Eu me tranquilizei dizendo-me que o que fazíamos não é um empreendimento tão isolado e tão arrojado. No entanto, não é que o trabalho seja fácil. Por quê? Porque, por uma singular fatalidade, todo empreendimento humano, e especialmente os empreendimentos difíceis, tendem sempre a uma recaída, por causa desta alguma coisa de misteriosa que se chama a preguiça."(Lacan, 1955-1956)





Cama, te pertenço!

domingo, 12 de abril de 2009

Meu porteiro.


Dizem por ai que felicidade é contagiante. Dizem por ai que bons ares geram bons ares. Eu agora entendo.

Agora, vejam vocês como uma situaçãozinha cotidiana pode influenciar mundos.

Meu porteiro. Todas as manhãs lá estamos nós: eu, meu sono e o meu “bom dia” xôxo, cumprindo mais uma rotina: go to school. Mas peraê rotina quando é surpreendida é sinal de novidade. E, se vocês não sabem, saberão agora, eu amo novidade! E amo mais ainda novidade quando é realmente inovada, não do tipo de “oi, comprei um carro novo”, mas “oi, comprei um carro laranja!”. Novidades e rotinas a parte, meu porteiro continuava lá, provavelmente tão cansado quanto eu, mas com certeza muito mais esperto do que quem vos fala: ele não se deixou levar.

Confesso que na primeira vez que nos tombamos pensei que sua reação fosse conseqüência - 4 anos pra me adaptar, hein - de um dia bom, vai saber. No terceiro dia estava já chegando a conclusão de que ele era meio maluco, vai saber. No quinto ele estava dando em cima de mim, vai saber. E eu, insistindo na idiotice de julgar, se querem realmente saber.

Isso tudo, porque meu porteiro tem um bom humor invejável. Enquanto o meu ‘bom dia’ terminava com um ponto, o dele com 10 exclamações, e um sorriso de brinde. E mesmo com a má educação matinal rondando os ares, ele com golpes de gentileza ainda insiste em ser miseravelmente agradável. Ai, pisou em mim feito seu madruga no chapéu. Droga, como ele consegue?

E sinceramente acho isso uma baita lição. Vivemos em um mundo em que se você não está na moldura daquilo que chamam de normal, você pede pra ser subjulgado por olhos gordos. Porque como dizia vovó Judá, quase sempre no fundo de um julgo habita uma pontada de dor de cotovelo.

Quer entrar na moldura da normalidade?
Siga as regras da rendição.
Dance, mas se possível com um copo na mão pra não perder o controle. Ria, mas ria baixo. Cante, mas nada de ultrapassar os decibés permitidos. Ah, e o sorriso tá largo demais, vai saber o que vão pensar, né.

HAHAHA, como se felicidade fosse algo controlável.

Alguém quer cantar na chuva comigo?

quarta-feira, 8 de abril de 2009

What romance is.

Margarida has a strange appeal
Sways between suitors on a broken heel
Of course her desires they always mistook
She'd rather've been scarred than be scarred with loathe

In conversation she often contends
Costumes build customs that involve dead ends
She found her courage in a change of scene
This Sunday's social would be short its queen

All her best years spent distracted
By these tired reenactments
With the right step she'll try her chances
Somewhere else

There he is a step outside her view
Reciting the words he hoped she might pursue
Night upon night a faithful light at shore
If he'd only convince his legs across the floor

Please, don't watch me dancing
Oh no, don't watch me dancing

Something changes when she glances
Enough to teach you what romance is
With the right step they try their chances
Somewhere else.


(Don´t watch me dancing - Little Joy ) clica!