domingo, 3 de maio de 2009

Pé no chão


O chão sempre significou muito pra mim. Chão é o ultimo ponto que ninguém ousa ultrapassar. É aquela superfície que te acorda quando o sonho tava bom e você caiu da cama. E que, como notícia de previsão de sol em feriado, é a segurança. Sustenta tuas danças desengonçadas, teus passos tortos.
Porque por mais que as intenções sejam sempre boas, a gente às vezes entorta um pouco o curso que deveríamos tomar. Talvez por rebeldia, impulsão, coragem. A soma de tudo aquilo que te faz querer evoluir, sair da amarga mesmice que só te aprisiona a um futuro ditado.

Eu não quis um futuro ditado. Optei pela emoção da contramão, que, como toda novidade, tinha lá seu risco. Assinei meu nome, recebi o embrulho – imbróglio –. Problema é quando tem capa pintada de cheiro bom, a gente gosta, aperta play e seja o que Deus quiser.

É quando vem o outro lado da moeda: as coisas vão mal, e eu escolho
não ir junto com elas. Aperto stop. Sangra, cicatriza, aprendo.

Ai eu me lembro do alicerce. Respiro fundo, renovo as armaduras e olho pra baixo.
Do chão não passa.

6 comentários:

Marilene disse...

Você escreve coisas muito boas de ler, e também muito inteligentes, parabéns!!!

Diego Sabino disse...

Ai meu Twitter
http://twitter.com/Dsabino

Vivian Machado disse...

ESSE BLOG É DEMAAAAAIS
sou sua fã e tu sabe disso!

Caroline Martins disse...

viva ray o/
adorei o 'Do chão não passa' hm kk
<3

Fernanda Spinosa disse...

pois é, pois é, pois é.
É uma tempestade de sensações (oH) voltar aqui e ler tudo e ver que 99% faz mto sentido pra mim...


:D

parabens, lindas palavras, como sempre, né? menina das palavras.
beeeijo

Entre as linhas disse...

AMEEEEEEEEI !