Reparei na lua e... subitamente desviei os olhos. Melhor não, pensei.
Preferi o relógio e o indubitável. 23:13 e nenhuma objeção. Quem procuraria incessantemente pela veracidade do inquestionável movimento por segundo do ponteiro do meu relógio? Nem o mais insensato dos loucos. O meu relógio nunca me desaponta. Nenhum desengano causado por esse maquinismo indicador do tempo. Só solução. Precisa e sucinta. Que horas são? Aqui, querida dona, tenho o que você precisa. Mais do que tua meditação, mais do que o livro do filósofo que prometeram você adorar, mais do que música na frente do mar, mais do que qualquer desabafo com teus amigos. Eu tenho respostas. E é só disso que você precisa. São 23:36.